jinhwanphotography.co.kr

하나,

Foi o vício em apostas — nos ganhos, na liberação de dopamina, no prazer da recompensa — que, no fim, levou Jinhwan à montanha de dívidas que tem acumuladas no nome. Apostas em corridas de cavalo, caça-níqueis e até jogos de pôquer em barzinhos duvidosos de esquina, onde se separavam os beberrões comuns daqueles que sabiam o que era escondido por trás da porta avisando a proibição da entrada de pessoas não autorizadas. Onde quer que pudesse gastar o salário do emprego da vez, lá estava ele, pronto para atrasar mais alguma conta do mês, com a promessa (vazia) de que o fazia por um bom motivo; teria sorte, jogaria melhor, apostaria com mais sabedoria e, aí, dobraria ou até mesmo triplicaria o dinheiro gasto.Deserança de família, ele gosta de brincar, já que foi no auge da pré-adolescência que o pai perdeu a casa da família em uma execução de hipoteca após os muitos anos de dívidas não pagas, de empréstimos atrasados, e do mesmo vício que faria, também, parte da vida do filho não muitos anos depois. Mas Jinhwan não o culpa, porque sabe que seria uma forma de assumir a sua própria, seus erros e vícios, e admitir que o vermelho na caderneta bancária é tão ruim quanto a espera do pagamento — que nunca fará — dos agiotas lá de Jeju. Os mesmos que sempre se divertiam com sua chegada ao hipódromo de Aewol-eup, que viam seu vício como lucro e, nas dívidas acumuladas e atrasadas, como forma de infernizar e ameaçar sua vida.E, talvez, uma pessoa mais sensata usaria dos apavoros recebidos como indício da necessidade de mudança de vida, de se endireitar e buscar ser diferente do homem que não o criou por muito mais tempo após a perda da casa. Talvez uma pessoa que não Jinhwan se envergonharia de admitir a forma que buscou pisar em todas as pegadas deixadas para trás, pelo pai, e em como seguiu o mesmo caminho tão diligentemente que por muito pouco não se absteve das suas próprias e se transformou completamente na figura do Kang antes dele.No lugar, Jinhwan se tornou um quase: quase perdeu tudo aquilo que tinha, mas também já não tinha nada de significativo para tirarem dele; quase perdeu a casa na qual vivia, mas sempre foi alugada porque nunca teve dinheiro o suficiente para a sua própria; quase perdeu a família que construiu, não fosse o fato da namorada já não aguentar seu vício e a falta de compromisso, e se recusar a dar qualquer passo mais sério no relacionamento; quase perdeu o bom emprego que conseguiu, não fosse o fato de que ele próprio pulava de profissão ou outra, empresa ou outra, até que nenhum dos colegas de trabalho ou chefe soubessem de todas as suas dívidas e o vício que o impedia de manter algo.Ainda assim, a vida sempre pareceu dar a ele chances após chances, oportunidades e tanta sorte que jamais mereceu ter, com ganhos significativos e formas de deixar para trás tudo aquilo que o puxava para viver somente de quases. Todas as chances que ele, sem se dar ao trabalho de aproveitar, desperdiçou voltando às apostas no momento que os won encontravam a direção da sua carteira. Ou, então, no momento que o dinheiro emprestado era pago somente para liberar a chance de pedir por mais. Agiotas, amigos, ex-relacionamentos e a pequena parte da família que, até então, ainda não o via como uma sombra do pai e um caso perdido. Porque, diferente do pai, ele sempre pagou tudo o que devia, a quem devia.Até o momento que a montanha de dívidas se mostrou impossível de escalar, de descobrir por onde começar, já que não tinha mais formas de conseguir dinheiro; desempregado porque as faltas no trabalho eram inaceitáveis, desassalariado, e sem ninguém ao seu redor para pedir emprestado porque já devia a todos. E ao banco. E, pior ainda, aos agiotas do seu próprio bairro, do bairro seguinte, e, também, daquele mesmo que dizia tanto se divertir com ele na porta do hipódromo. O mesmo que começou com as cobranças, as ameaças, e promessas de que tiraria dele o dinheiro ou o que de mais valioso tivesse — e todos sabiam que, com Jinhwan, já não havia sobrado nada além do próprio bem-estar para entregar.A solução ao problema que se recusou a lidar sozinho? Ligar para o único amigo que ainda acreditava nele, mas só porque não conhecia aquela versão de Jinhwan que deixava a alimentação para depois, desde que pudesse usar do dinheiro do mercado para apostar até mesmo nas raspadinhas da banca de jornal da esquina do apartamentozinho do qual foi despejado. E foi assim que ele se mudou, de Jeju para Seul, quando o foi prometido uma mão amiga e um colchão inflável junto ao quarto do amigo.

둘,

셋...

하나, 둘, 셋... 📸!

POV TITLE

....